2º dia
Aventuras > De Alforges pelo Minho
Arcos de Valdevez - Monção Distancia: 37 Km
Inicio de dia com o pequeno-almoço seguido da colocação dos alforges nas bicicletas. Primeira constatação: A minha bicicleta tinha mais um furo na roda traseira, pois encontrava-se com baixa pressão. Este problema certamente era causado pelo desgaste que os pneus apresentavam e pelo peso que suportavam. Após encher aparentava estar ok.
Segunda constatação: A chuva estava de novo presente. Mais um dia iniciado debaixo de água.
Após a saída de Arcos de Valdevez voltamos a estar na estrada e começamos a deslumbrar aquilo que seria o mote do dia, montanha. Passados 8 km inicia-se uma subida de aproximadamente 10 km, que não sendo verdadeiramente “picada” não permite qualquer tipo de descanso. Como a velocidade imprimida era baixa, tive oportunidade de observar calmamente toda a paisagem envolvente, simplesmente magnífica. Nesta ascensão a minha maior preocupação foi causada pela percepção da quantidade anormal de camiões que por aqui passa, e a velocidade alucinante com que abordam as curvas. O último motivo era o mais preocupante já que a velocidade que seguíamos obrigava a que as curvas fossem, por nós, concluídas demoradamente e a largura da estrada não permitir muitos erros das duas partes. Pelo meio da subida (sei agora, na altura não...) paramos para permitir à minha esposa descansar o “traseiro” que começava a dar sinais de cansaço, e aproveitar-mos para reabastecer o corpo com sólidos. Depois de reiniciar-mos viagem e um pouco mais à frente, podemos observar uma pequena cascata de água que em tempo de calor certamente seria utilizada para refrescar o corpo e purificar a alma. Definitivamente não era esta a situação neste dia, chuva; vento; chuva; chuva...
Atingimos o topo da montanha na localidade de Extremo (nome apropriado ao momento). Nesta localidade a estrada tem apenas alguns metros em plano já que a descida começa de imediato. Voltamos a parar, desta vez já na fase descendente, num restaurante que surgiu no meio do nada, apenas denunciado pelos muitos camiões que por ali se encontravam. Uma boa sopa, para aquecer o corpo e podemos observar o verdadeiro dilúvio que se abateu no exterior do restaurante. Se dúvidas existissem quanto à oportunidade desta paragem, elas ficaram completamente dissipadas. Como sempre em tempo de chuva, as paragens têm apenas um inconveniente: o recomeço. Esta não foi excepção pois saídos do restaurante, o frio que se fazia sentir no exterior era arrepiante ainda mais acentuado com o facto de continuarmos a descer, momentos complicados...
Os últimos quilómetros até Monção foram realizados com uma benesse da chuva que inclusivamente nos permitiu tirar os oleados. Já no interior da cidade, de novo optamos por dormir numa residencial, pois a situação da noite anterior voltava a repetir-se. Assim a escolha recaiu na Albergaria Atlântico (bem no centro) e de novo as bicicletas ficaram devidamente arrumadas. Mais uma visita pela cidade até à hora do jantar.
Confesso que esta aventura estava a ser completamente estragada pelas condições meteorológicas, impedindo que visitasse-mos alguns monumentos e locais que certamente ficariam registados na memória e também através da objectiva da máquina fotográfica. Todos estes factores estavam a tornar as etapas muito rápidas e consequentemente desgastantes quer física quer psicologicamente.