S. Martinho Pais das Uvas (08-11-2003) - Bike105

Go to content

S. Martinho Pais das Uvas (08-11-2003)

Passeios


Depois de ter participado na GR Aldeias Históricas, este foi o local eleito para o reencontro com alguns amigos que por lá conheci. Assim, é já a segunda vez que participo neste evento que faz parte do calendário do Inatel.

No sábado pela manhã recolhi o João e o Gabriel e fomos direcção a Évora, de automóvel já se vê. Nesta cidade reencontramos os restantes amigos que vieram do Norte: O Adalberto o Vasco e mais dois amigos. Depois do cumprimentos rumamos ao Alvito onde estava marcado o inicio do passeio deste dia. Tal como no ano passado estacionamos os veículos no parque dos bombeiros.

Como habitualmente todos contamos as aventuras passadas desde o ano anterior e quais as novidades a nível de equipamento, além de, num indiscreto olhar visualizar-mos quais as montadas em presença...

A organização forneceu RoadBoaks a quem os solicitou e descreveu o tipo de terreno a vencer e particularidades do passeio, entre elas todo o trajecto estar sinalizado com fitas e o ritmo do passeio ser calmo.

Assim deu-se inicio a este passeio percorrendo algumas ruas do Alvito. Este passeio é todos os anos muito concorrido, é inclusivamente aquele onde vi mais representantes do sexo feminino e pelo menos duas crianças. O facto de existir a ideia de que  o Alentejo é plano, talvez sirva de incentivo a mais pessoas aqui aparecerem.

De facto não existem desníveis significativos a vencer mas o constante sobe e desce faz as suas vitimas. Alguns quilómetros depois do inicio realizou-se uma paragem para reagrupar o grupo e aqui já se pode ter uma ideia de como este vinha desfragmentado por larga distância. Depois de reiniciar-mos e porque queria tirar mais algumas fotos fiquei quase irremediavelmente para trás relativamente ao inicio do grupo. Aproveitando uma parte plana do percurso tentei apanhar o grupo da frente, nesta tentativa tive a companhia do Adalberto e rolamos por muito tempo acima do 25 kms hora. A velocidade atingida demonstra o nível de andamento existente no "pelotão da frente".

A paragem junto à Barragem permitiu novo reagrupamento e aqui já algumas desistências aconteciam. Entretanto mesmo depois de estar muito tempo parado, não foi possível reagrupar totalmente, e iniciou-se de novo o percurso provocando assim um maior fosso para os que vinham mais atrás.  Até ao local do lanche foi necessário vencer mais alguns desníveis mas que valeram a pena pela qualidade do lanche.

Na localidade de Vila Alva foi disponibilizado um lanche na verdadeira acepção da palavra pois incluía: Pão; queijos; chouriço assado e normal; Cogumelos com ovos mexidos; Bolos diversos e mais algumas iguarias alentejanas tal como o bom vinho. O local do lanche foi A Talha, recomendado pela qualidade e simpatia.

Com tanta quantidade e qualidade de produtos oferecidos disponíveis fomos "obrigados" a realizar uma paragem mais longa que o recomendável... Depois de voltar-mos às bikes e após um par de quilómetros fomos encontrar uma boa subida que fez o lanche quase se estragar e imagino provocou alguns estragos na retaguarda do grupo...

Percorridos mais alguns quilómetros começamos a encontrar uma paisagem mais diversificada para além de alguma lama fruto duma semana bastante molhada. Com Cuba já à vista acabamos por passar o guia da frente e seguir um pouco mais rápido "guiados" por um grupo mais avançado de forma a chegar antes da noite  já que esta estava a apróximar-se rapidamente.

Chegamos a Cuba e paramos junto ao Polidesportivo de forma a nos inteirar-mos do local de pernoita. Enquanto estávamos à espera não pude evitar de pensar como seria para aqueles que em Vila Alva já estavam exageradamente atrasados e caso tivessem optado por seguir de bicicleta seriam obrigados a realizar os últimos quilómetros de noite.

Um ponto a rever na próxima edição.

Chegados à Escola C+S de Cuba tivemos que esperar mais um pouco pela chaves desta instalação de forma a entrarmos e podermos o local para dormir e tomar o belo banho.

A dormida foi no Pavilhão desportivo e  aproveitei para utilizar um dos colchões que estavam disponíveis de forma a evitar ter de encher o insuflável que tinha levado. A surpresa veio a acontecer quando entrei nos balneários para o banho: a água estava fria. Mesmo com este contratempo não deixei de tomar banho, com alguns choques térmicos que fazia o suster o ar, todavia na parte final a água morna veio dar mais algum animo ao pessoal. Outro ponto a rever.

Tal como constava no programa saímos acompanhados por um elemento da Câmara Municipal de Cuba e fomos para uma genuína Tasca onde pelo que vi as pessoas levam o seu petisco e ali se serviam do vinho novo. Quero dizer que é muito raro beber vinho, no entanto aqui,  quebro essa regra pois o vinho é realmente bom.

Com o aproximar da hora do jantar (20.00h) rumamos ao local onde este estava marcado, aqui chegados (20.15h) fomos surpreendidos por duas coisas: existiam pessoas que praticamente já tinham terminado o jantar e com a falta de lugares de forma a jantar-mos juntos. Após conversar-mos com os elementos da organização podemos jantar em conjunto numa mesa que não estava prevista utilizar. No final do jantar podemos saber qual a razão da falta de lugares: muitos dos presentes não estavam inscritos no jantar mas como não existiu qualquer tipo de controlo...

No dia seguinte já existiria controlo de forma a evitar "infiltrações". Depois do jantar o grupo dividiu-se em dois: uns percorreram algumas ruas de Cuba e recolheram ao "quarto" enquanto outros aproveitaram "a noite" de Cuba

Domingo (09/11/03)

Ao acordar pode de imediato aperceber-me que o passeio deste dia seria molhado, o barulho que a chuva fazia no telhado era disso indicador. Arrumado e recolhida a bagagem fomos para o local do pequeno almoço que foi o mesmo do jantar.

Começamos o passeio ao mesmo tempo que a chuva se intensificava e o vento fazia a temperatura no corpo baixar. Os primeiros quilómetros foram difíceis não pelo tipo de terreno mas pela chuva tocada a vento que me causava incomodo já que não tinha trazido roupa adequada a este clima.

Nas primeiras subidas existentes que de novo causaram estragos, fomos parar junto a um marco geodésico e também ao que julgo seja uma capela. Aqui foi realizada uma divisão do grupo em dois: grupo rápido; grupo lento. Optei pelo grupo mais rápido e assim fomos até às ruínas de S. Cucufate com direito a visita ao seu interior. Aqui existiu nova divisão do grupo com a possibilidade de escolha entre maior ou menor dificuldade. Depois de conferenciar com os restantes elementos do meu grupo resolvemos ir no grupo que teria de percorrer o trajecto de maior dificuldade. Esta foi uma boa opção já que passamos por locais bastante aprazíveis.

Chegados à Vidigueira podemos passar por água as bicicletas de forma a retirar alguma da lama que detinham e tomar banho nos excelentes balneários das piscinas ali existentes. Depois veio aquilo que para mim foi o pior do passeio, ter de recolher os automóveis no Alvito que fica "apenas" a 20 Kms de distancia para carregar as coisas e depois rumar ao local do almoço. Este é um ponto que considero prioritário de resolver já que ter de realizar 40 Kms  (20 km x 2 ida e volta) é algo totalmente desaconselhável visto que isso atrasa e muito a hora do almoço. A prova disto é que quando chegamos ao restaurante já existiam pessoas a sair...

Quero também deixar claro que senti da parte da organização um genuíno esforço na tentativa de resolução de todos os problemas surgidos e acima de tudo com muita humildade, e isto não é habitual em muitas organizações.

Foi um fim de semana bem passado pelo convívio e pelos trilhos percorridos.

Enviar para trás